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Podcast 661 – Luiz Felipe D’Avila: “Nós vivemos a crise institucional mais perigosa desde 1964

podcast da rio bravo investimentos

Existe um clima de instabilidade no ar.

Na história recente, a tensão entre os poderes jamais foi tão grande como agora, e as manifestações marcadas para o dia 7 de setembro têm o potencial de tornar o ambiente ainda mais tóxico. Será que os protestos podem escalar para uma situação de conflito? Para responder a essa e a outras questões, nosso convidado no Podcast Rio Bravo é o cientista político Luiz Felipe D’avila, fundador do Centro de Liderança Pública e Publisher do VirtuNews.

No início da entrevista, quisemos saber de Luiz Felipe d’Ávila por que as manifestações de 7 de setembro representam um risco, tendo em vista que houve mobilização em favor do presidente da República em outras ocasiões. Nas palavras do cientista político: “O que mudou é o radicalismo da linguagem nas redes sociais, escalando para a violência, e o presidente da República, que insufla as pessoas a se armarem e irem para o confronto. Esses dois agravantes não existiam no passado”.

Para Luiz Felipe D’Avila, o momento é de atenção.  “Espero que tenhamos manifestações pacíficas. Nós vivemos a crise institucional mais perigosa desde 1964. E qualquer coisa que saia de controle pode colocar o Brasil numa situação muito delicada”.

Mais adiante, o cientista político ressalta que os símbolos nacionais não podem ser sequestrados pelo governo Bolsonaro. “O Sete de Setembro é a data da independência; não é data do bolsonarismo. Portanto, não pode transformar uma data nacional em uma data de um sectarismo”.

A tensão entre os Poderes da República tem provocado alguma ansiedade junto à opinião pública e à sociedade brasileira no que se refere às eleições de 2022. Nesse sentido, muito em função das pesquisas eleitorais, que já indicam a disputa entre Bolsonaro vs. Lula no ano que vem, há um cenário de “escolha pelo mal menor” para o pleito presidencial.

Para Luiz Felipe D’Avila, no entanto, essa é uma leitura equivocada do cenário político brasileiro. “Quem lidera a pesquisa neste momento não importância nenhuma. O que tem importância, isto sim, é o índice de rejeição. E a gigantesca rejeição de Lula e Bolsonaro mostra que há, sim, um caminho a ser percorrido por esse candidato do centro democrático, que tem capacidade de aglutinar as forças políticas e se tornar um nome competitivo. Para tanto, será fundamental a união dos partidos em torno de um único nome – evidentemente, a fraqueza do centro democrático reside na sua pulverização, na sua fragmentação. Se tivermos três ou quatro candidatos do centro democrático, é evidente que vamos ter o cenário Lula vs Bolsonaro”, analisa.

Em outro momento da entrevista, o cientista político afirma que é importante que a sociedade civil esteja engajada nessa discussão de forma mais participativa. “É preciso deixar claro que a sociedade civil repudia tanto o radicalismo de direita quanto o de esquerda; repudia a candidatura Lula e Bolsonaro; e que vai trabalhar para construir a candidatura de centro. É preciso perseverança, mobilização cívica”. Para Felipe D’Avila, as pesquisas mostram que os brasileiros querem um pacificador, um construtor de pontes. “Alguém capaz de restaurar a esperança no país. E nós temos todos os ingredientes para construir essa candidatura de centro”. 

No final da entrevista, Luiz Felipe D’Avila deixa claro, mais uma vez, a importância deste momento. “Como cientista político, estou muito preocupado com a tensão institucional que o Brasil vive. Espero que os pesos e contrapesos do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e da sociedade civil sejam fortes bastante para conter os rompantes do presidente da República – e até o momento o STF e a sociedade civil têm demonstrado que não toleram esses rompantes que possam colocar em risco a democracia. Vamos ver se isso continua até a eleição de 2022”.

Para ouvir a íntegra da entrevista do cientista político Luiz Felipe D’Avila ao Podcast Rio Bravo, basta acessar o link acima.

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