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O papel de um economista e a correlação das atuações da IFI no governo

A Instituição Fiscal Independente (IFI) foi criada ao final de 2016 com objetivo de ampliar a transparência nas contas públicas. Os estudos e análises da instituição de cunho técnico, independente e apartidário contribuem para elevar o nível do debate público e aumentar a transparência das contas do governo.

É notória a importância de buscar o equilíbrio fiscal. No entanto, é igualmente importante reconhecer e reforçar que a responsabilidade social deve estar alinhada à responsabilidade fiscal. Assim, outro elemento de extrema relevância diz respeito à qualidade dos gastos governamentais.

É a partir dos gastos públicos eficientes que o governo consegue melhorar a produtividade da economia e estimular o crescimento econômico. É por meio da qualidade do gasto que o governo consegue influenciar positivamente a vida de milhões de famílias.

Instituição Fiscal Independente e o profissional economista

Hoje em dia, trabalhando na IFI e há anos como economista, eu tenho essa consciência. Mas, na minha adolescência, todos esses efeitos econômicos eram dúvidas e inquietações que eu tinha.

Perguntas do tipo: “Por que existem pessoas muito pobres e pessoas muito ricas no mundo?” “Por que há meses em que o salário dá para fazer as compras de supermercado e tem meses que esse mesmo salário não dá para comprar quase nada?” sempre me ocorriam e eu não sabia exatamente onde encontrar tais respostas.

Ainda no ensino médio, comecei a fazer cursinho pré-vestibular e, nas atividades para auxílio da escolha de carreira, vi que poderia atuar em algo que me trouxesse algumas dessas respostas. Minha referência para pesquisar o curso de economia surgiu através da TV.

Assistir regularmente ao telejornal com meu pai me despertou atenção para os economistas que, de tempos em tempos, eram convidados para comentar a inflação, o PIB, as contas do governo e a balança comercial. Com certeza, essa profissão poderia ajudar a clarificar algumas das minhas dúvidas.

Assim, ao querer saber mais sobre a profissão de economista, notei que, além de permitir trazer respostas para questões tão intrigante, essa carreira também tinha uma abrangência em termos de áreas de atuação.

Amadurecimento acadêmico e profissional

Durante a faculdade (fiz o curso na Universidade do Estado do Rio de Janeiro), tive a felicidade de estagiar no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, posteriormente, no Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). Aprender na prática sobre inflação (no IBGE) e sobre política fiscal (no FGV IBRE) foi maravilhoso e muito enriquecedor para minha carreira profissional, assim como para o meu desenvolvimento pessoal.

No FGV IBRE, fui contratada e, alguns anos depois, aprofundei meus estudos em torno do tema política fiscal. Em 2020, no meio da pandemia, encarei outro desafio: assessorar o secretário de Fazenda do Estado do Paraná. Ver a política fiscal pelo lado da execução foi algo que engrandeceu minha trajetória.

São passos que a Vilma adolescente não esperava alcançar. Hoje, me sinto feliz com as amizades e com os aprendizados que tive até aqui.

Estou na IFI desde meados de 2021. Mais uma vez, tenho a oportunidade de estudar o tema contas públicas, mas, desta feita, com um novo olhar.

Atualmente, o debate tem caminhado para fortalecer os padrões de governança fiscal. Garantir a solidez das contas públicas, por meio de regras fiscais críveis e que garantam a sustentabilidade da relação dívida-PIB, sem deixar de lado avanços e aprimoramentos em termos de avaliação e mensuração da eficiência e qualidade do gasto público.

Neste quesito, vale a pena reforçar a importância do papel que as IFIs (vale dizer que já são 51 instituições no mundo) desempenham para maior transparência e disciplina fiscal.

A colaboração pode ocorrer com estudos técnicos que mostrem a experiência internacional; sinalizem os pontos a melhorar no arcabouço existente; e que subsidiem o debate por meio de análises de impacto da economia gerada e seus efeitos sobre as demais variáveis macrofiscais. 

Vilma da Conceição Pinto é mestre em Economia Empresarial e Finanças pela FGV e diretora da Instituição Fiscal Independente do Senado Federal.

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