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Eventos de cauda

E é muito comum lembrarmos dos eventos de cauda negativos que incluem, além dos já citados, a crise de 2008, a descoberta das fraudes da IRB, o efeito da lava jato na Petrobras.

A pandemia e a Guerra na Ucrânia são eventos recentes que poderiam ser categorizados como eventos de cauda: eventos com baixíssima probabilidade de ocorrerem e que, em geral, não estão sendo previstos ou considerados pela maioria das pessoas como factível. E é muito comum lembrarmos dos eventos de cauda negativos que incluem, além dos já citados, a crise de 2008, a descoberta das fraudes da IRB, o efeito da lava jato na Petrobras.

E isso expõe um fenômeno comportamental interessante: a aversão à perda. Em geral, os eventos de cauda que vêm à nossa mente não são os retornos inesperados, mas eventos desastrosos. Olhando para o passado, por vezes, até desconsideramos alguns eventos de cauda positivos como sendo “inevitáveis” em retrospecto. Mesmo que pouquíssimos de nós no passado previmos os seus desdobramentos. Exemplos destes são vários como a explosão de valor de Big Techs como Google, Microsoft e Amazon na primeira década de 2000, a monumental queda do custo por KWH de fontes renováveis. No exemplo específico da Amazon, dificilmente alguém olharia para a loja de livros online no ano (1997) e afirmaria que se tornaria um gigante do e-commerce com centros de distribuição ao redor do mundo e que seria uma das maiores provedoras de servidores.

Tanto fundos tradicionais quanto sistemáticos são incapazes de prever esse tipo de evento, ninguém possui uma bola de cristal. Através de métodos computacionais, muito utilizados em fundos Sistemáticos, é possível a realização de simulações e utilização de métodos estatísticos para realização de testes, mas ainda assim é uma técnica imperfeita. A maioria dos fundos ativos tradicionais busca mitigar os efeitos negativos desse efeito de cauda quando negativos e alavancar seus retornos quando positivos. Entretanto, a maioria dessas ações é feita de maneira reativa, visto que não é  possível que os gestores considerem todos os cenários possíveis. Apesar disso, fundos sistemáticos, observando um período longo o suficiente, não “esquecem” destes eventos raros, os dados permanecem e a cada novo evento que ocorre se tornam melhores em se adaptar, preparar e, quando necessário, reagir.

Falando agora sobre a performance no mês de maio, nosso fundo Rio Bravo Sistemático teve um retorno positivo de 2.01% ou 103% do CDI. Entre nossas estratégias, as que mais contribuíram positivamente para performance foram as estratégias de Momentum e Qualidade com 0.67% e 0.36% respectivamente. No ano o fundo tem um retorno de 4.05% ou 93% do CDI. Iniciamos o mês de junho com exposição bruta e liquida nos mesmos níveis, 90% e 15% respectivamente.

Evandro Buccini, sócio e diretor de Renda Fixa e Multimercados da Rio Bravo.

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