A Carta Estratégias de julho traz uma análise sobre o governo, a redução dos spreads de crédito de papéis high grade e as tendências para o varejo físico no pós-pandemia
“Acomodação de placas” por Gustavo Franco
O mês de julho teve marcas positivas importantes para o governo: a primeira votação vitoriosa do texto base da reforma tributária, o “upgrade” dado pela FITCH para o risco soberano do país e o início do ciclo de baixa na política monetária ocorrido, em verdade, já nos primeiros dois dias de agosto.
Nos três temas, são excelentes começos, mas apenas os primeiros movimentos de caminhadas que podem ser longas e difíceis. De toda forma, esse conjunto proporciona um belo encerramento para o período de “aterrissagem” do novo governo, aí consideradas todas as acomodações de placas tectônicas, inclusive as equações políticas e modus operandi da nova administração. A segunda metade desta nova presidência começa a seguir, e necessariamente há de revelar a verdadeira índole econômica desse governo.
A escassez de novos papéis reduz os spreads de crédito de papéis high grade
Continuamos otimistas com os sinais positivos de recuperação da classe de ativo de crédito privado ao longo do mês de julho. Notamos que o nível de resgaste vem desacelerando nos últimos meses em mais de 40 fundos de crédito privado com resgate até D+45, saindo de um patamar de captação líquida negativa de ~R$ 3,0 bilhões nos meses de fevereiro a abril, ~R$ 1,2 bilhões em maio e junho para uma captação líquida negativa
Consumo fígital: tendências para o varejo físico no pós-pandemia
É inegável que a pandemia da COVID trouxe novos hábitos. Alguns, passageiros. Outros, verdadeiras mudanças comportamentais que vieram para ficar. Mudanças comportamentais no consumo são uma das muitas faces dessas mutações. As pessoas – mais precisamente, os consumidores – passaram a buscar experiências e dar mais atenção ao autocuidado e ao conforto.
Cuidados com o corpo e a mente elevaram a procura por mais qualidade de vida, e um novo estilo de vida mais livre e mais natural trouxe preocupação maior com a própria saúde, conforto e bem-estar. Houve aumento da expectativa dos consumidores em relação às experiências presenciais, e a praticidade do mundo digital deu ferramentas e ensinou o consumidor a pesquisar pelas melhores oportunidades. Segundo pesquisa recente da ABRASCE, após a pandemia 75% dos consumidores pesquisam o preço online antes de ir a uma loja física.
Tese de investimento | Vale
A Vale é uma das maiores empresas de mineração e metais do mundo em termos de capitalização de mercado. A empresa é uma das maiores produtoras de minério de ferro e níquel do planeta. De igual modo, a Vale produz pelotas de minério de ferro e cobre. Os concentrados de níquel e cobre contêm subprodutos de metais do grupo da platina (PGM),
ouro, prata e cobalto. A companhia participa da exploração mineral em terras virgens em seis países e opera grandes sistemas logísticos no Brasil e em outras regiões do mundo, incluindo ferrovias, terminais marítimos e portos, integrados com as operações de mineração. Além disso, a empresa conta com centros de distribuição para apoiar a entrega de minério de ferro em todo o globo. A Vale, ademais disso, possui investimentos em negócios de energia por meio de afiliadas e joint ventures.
Apesar dos desafios que a empresa está passando, começamos a montar a posição em VALE3 devido aos múltiplos atrativos que a empresa está negociando (EV/EBITDA de 4,5x ). Além disso, estamos otimistas em relação a um potencial incentivo do governo chinês para economia, que se traduz em estímulos sobre o setor imobiliário e infraestrutura (levando assim alívio para os preços do minério de ferro).
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