Cada vez mais, empresas e pessoas se preocupam com os efeitos que suas atitudes e seus investimento têm sobre outras pessoas e o meio ambiente. Seja utilizando fontes renováveis de energia, adquirindo produtos de cooperativas de produtores ou privilegiando produtos reciclados, já está claro que todos podem – e devem – contribuir com o mundo ao seu redor. Ao mesmo tempo, o Brasil tem uma carência severa de fundo de investimento em infraestrutura. Projetos em segmentos como energia, saneamento e mobilidade urbana têm grandes dificuldades em captar recursos, tanto de entes públicos quanto de entes privados, pelos mais diversos motivos.
Conheça o Rio Bravo ESG IS FIC FI-Infra
Neste contexto, em 2022 lançamos o Rio Bravo ESG IS FIC FI-Infra, um fundo de investimento em infraestrutura que aloca seu capital com base nos mais altos critérios de responsabilidade ambiental, social e de governança.
O fundo, primeiro do tipo reconhecido como Investimento Sustentável (IS) pela ANBIMA, conta com uma política IS que traz um processo de seleção objetivo de ESG, com lista de exclusão, taxonomia de ativos e avaliação de riscos e adicionalidades socioambientais.
funcionalidades do fundo de investimento em infraestrutura
Os fundos de investimentos em infraestrutura, FI-Infra, são instrumentos onde um grupo de investidores aloca o seu capital em operações ligadas à infraestrutura, como usina eólicas, linhas de transmissão, rodovias e ferrovias. Sua atuação está normatizada pela Lei Federal 12.431/2011.
Isenção tributária
Um dos benefícios desse tipo de investimento é a isenção tributária. Para pessoas físicas, há isenção total, seja sobre o recebimento de rendimentos, seja sobre o lucro da venda das cotas. Para pessoas jurídicas, a alíquota é reduzida para apenas 15%.
Como investir
O fundo Rio Bravo ESG IS FIC FI-Infra é um fundo listado na B3, a bolsa de valores de São Paulo. Desse modo, é possível comprar e vender cotas dele diretamente na sua corretora, via site ou aplicativo de celular. Se você já tem experiência em comprar ações ou cotas de fundos imobiliários, o processo é exatamente o mesmo, bastando procurar pelo código de negociação RBIF11.
Estratégia do fundo de investimento em infraestrutura
O foco do Rio Bravo ESG IS FIC FI-Infra é o investimento em debêntures de infraestrutura e outros ativos incentivados que se enquadrem na Lei 12.431/11 e que sejam aprovados em análises tanto e impacto socioambiental quanto de crédito.
Os estudos sobre o impacto social e ambiental são realizados a partir de uma taxonomia própria, desenvolvida em conjunto com a NINT (ex-SITAWI), a maior consultoria na América Latina e Caribe para avaliação de ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança).
Na primeira etapa, são avaliados não só os impactos positivos ou negativos ao meio ambiente, como a redução da emissão de carbono, mas, também, à sociedade e às populações vizinhas, como geração de empregos. Por exemplo: uma usina eólica, por ser uma fonte renovável de energia, reduz o consumo de outras fontes “sujas”, como as termelétricas.
Da mesma forma, um projeto de melhoria do saneamento básico de uma região pode trazer uma melhoria no nível de emprego, pela contratação de mão de obra, como o impacto positivo na saúde das pessoas ao redor. Além disso, são avaliados os critérios de governança e de controles internos do projeto, de forma a evitar emissores que tenham controvérsias ou riscos graves.
Além da análise ESG, é feita a análise de crédito do time da Rio Bravo, que tem larga experiência na análise de riscos financeiros, garantias, estudo de viabilidade e todos os assuntos relacionados. Nessa etapa, são avaliadas todas as condições do crédito, como valores, taxas, prazos e garantias.
Além disso, entram no rol de investidas apenas empresas com análise de crédito realizada e publicada por empresa de rating independente registrada na CVM, que ateste um nível mínimo de qualidade do ativo.
E essa análise não se limita à decisão inicial de alocação do recurso: ela segue durante todo o prazo do projeto com o objetivo de garantir a alocação correta dos recursos e mitigar quaisquer riscos existentes. Caso haja uma mudança significativa no projeto que possa impactar os resultados financeiro ou de ESG, a Rio Bravo tomará as medidas cabíveis para que sejam feitos os ajustes necessários.
Política IS – Investimento Sustentável
A Política IS do Fundo foi desenvolvida para determinar limites máximos e mínimos de exposição a determinados segmentos de infraestrutura, com vistas a concentrar investimentos em projetos e empresas que apresentem maior potencial de impacto positivo ao meio ambiente e social.
Abaixo, a taxonomia que detalha os setores de investimento e limites mínimos e máximos de exposição a cada um deles:
- Setores Primários (mínimo de 60% do patrimônio)
- Saneamento
- Geração Solar
- Geração Eólica
- Geração Hídrica a Fio D’Água
- Telecomunicações
- Transmissão de Energia
- Setores Secundários (exposição máxima de 40% do patrimônio
- Mobilidade Urbana
- Ferrovias
- Setores Terciários (exposição máxima de 30% do patrimônio)
- Projetos Logísticos
- Geração Térmica a Gás Natural
O processo de investimento, que começa com o primeiro filtro de exclusão que segue a taxonomia vista acima, é que vai determinar se aquele ativo está elegível a estar no rol de investimentos do fundo.
Após a análise inicial de elegibilidade e exclusão, é realizada a análise de adicionalidade socioambiental, de governança e realizada a categorização de Riscos ESG. Nesse passo, seguindo padrões internacionais e matriz de risco conceituada, acrescenta-se mais um filtro para determinar a elegibilidade de determinado ativo.
Em seguida, é verificado se há alguma controvérsia e/ou risco ESG crítico associados ao empreendimento e/ou emissor e seus acionistas. Por fim, os ativos elegíveis são levados ao Comitê de Crédito para uma análise detalhada da qualidade do crédito do ativo.
Resultado e distribuição recorrente
O resultado do fundo depende da combinação do carrego da carteira em termos reais, variação monetária (inflação), ágio ou deságio no investimento, marcação a mercado, ganhos ou perdas de capital, variação dos spreads de crédito e marcação dos derivativos.
As distribuições, provenientes dos resultados, são creditadas diretamente na conta corretora onde as cotas estão custodiadas e com isenção de imposto de renda pra pessoas físicas.
Riscos do fundo de investimento em infraestrutura
Todo investimento tem seus riscos. Com os FI-Infra, não é diferente. Assim, por questão de transparência, relacionamos os principais riscos do Rio Bravo ESG IS FIC FI-Infra. Como qualquer operação de renda fixa, sempre há o risco de não pagamento das obrigações por parte dos devedores.
A equipe de crédito da Rio Bravo faz um trabalho diligente de análise e acompanhamento da capacidade financeira dos projetos em que investe. Em caso de piora significativa da qualidade de crédito de qualquer ativo, ele é reavaliado e poderá ser vendido e, assim, removido da carteira.
Afora isso, é importante observar que fundo de investimento em infraestrutura estão muito suscetíveis a ingerências governamentais, seja do governo municipal, estadual, federal, ou agência reguladoras. Dessa forma, riscos como alterações de regimes tributários, mudanças nas condições das concessões e exigências ambientais podem alterar o fluxo financeiro dos projetos, com impacto na performance do fundo.
Como qualquer fundo de investimento, o Rio Bravo ESG IS FIC FI-Infra não possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O FGC é um mecanismo de proteção aplicável apenas a algumas aplicações, como caderneta de poupança, CDBs, LCIs e LCAs, não se estendendo a qualquer tipo de fundo de investimento.
Os riscos aqui relacionados são apenas alguns que devem ser observados por qualquer investidor interessado em adquirir cotas do Fundo. É obrigatória a leitura do Prospecto do fundo, em especial a seção “Fatores de Risco”, antes de qualquer decisão de investimento, disponível na página do fundo (link para a página interna).
Conclusão
O fundo Rio Bravo ESG IS FIC FI-Infra é um fundo de investimento em infraestrutura pioneiro em seu mercado, por colocar as análises ESG, de impactos ambientais, sociais e de governança, não como algo acessório à decisão, mas sim como uma etapa anterior à própria análise de crédito. Um ativo que não consiga demonstrar claramente suas externalidades positivas já é descartado na primeira etapa de avaliação.
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