Ao longo dos últimos anos, acompanhamos o desempenho inferior das ações de valor (Value
Stocks) em relação as ações de crescimento (Growth Stocks) nos EUA. Ocorre que, no decorrer de 2022, vimos esse cenário mudar completamente. Após dois anos de forte alta para as ações de crescimento, puxado principalmente pelas gigantes da tecnologia, assistimos ao derretimento dessas mesmas ações, devolvendo grande parte da alta antes conquistada. Em contrapartida, as ações de valor amargaram perdas menos significativas ou até leves altas.
Para ilustrar a situação atual, utilizando os índices criados pela Morningstar, o Morningstar US Value
Index1 teve queda de -0.72% enquanto o Morningstar US Growth Index2 registrou perda de -36.7%. Essa
diferença de aproximadamente 36% é explicada em parte pelo aumento das taxas de juros realizado pelo
FED para combater a alta inflação, decisão que impactou fortemente as expectativas futuras para o potencial lucrativo das ações de crescimento.
No Brasil, temos um cenário um tanto quanto diferente: se, nos EUA, as ações de valor tiveram uma excelente performance; por aqui, elas performaram num patamar bem inferior ao Ibovespa e às ações de crescimento. Falando agora de performance, o Rio Bravo Sistemático fechou o ano com uma alta de 4.05%, ou 33% do CDI.
Entre nossas estratégias, tivemos a de Momentum com a maior contribuição positiva, de +2.56%, e as estratégias de Valor com contribuição negativa de -0.68%. Iniciamos o ano com uma exposição bruta de 80% e exposição líquida de aproximadamente +5%.
Evandro Buccini, sócio e diretor de Renda Fixa e Multimercados da Rio Bravo.