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Podcast 673 – Andrew Roberts: Liderança na Guerra: As lições de quem fez História

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Autor de biografias monumentais de personalidades históricas decisivas do século XX –  como Napoleão Bonaparte e, mais recentemente, Winston Churchill –, o historiador Andrew Roberts fala, em entrevista ao Podcast Rio Bravo, acerca de “Liderança na Guerra – grandes lições de quem fez a história”, livro publicado no Brasil pelo selo Portfolio Penguin, que faz parte do grupo Companhia das Letras. Ao podcast, Roberts comenta não apenas a importância desses exemplos para os dias que correm, como também reforça o papel de liderança para os momentos da paz.

Ao todo, o livro aborda a trajetória de nove personalidades (de Napoleão Bonaparte a Margaret Thatcher, passando por Churchill, Hitler e Eisenhower), que, ao longo de suas atuações na vida pública de seus respectivos países, tiveram, acima de tudo, de lidar com decisões difíceis durante a guerra. Nesse sentido, a primeira pergunta feita a Andrew Roberts gira em torno da proposta do livro: afinal de contas, por que é importante retomar essas personalidades neste momento – e por que, especificamente, esses personagens?

Sobre a escolha desses nove nomes, Roberts cita o fato de que se pautou pelas personalidades que ele conhecia o bastante a ponto de ter ministrado uma série de palestras para a New-York Historical Society, tendo sido, em seguida, a base para a elaboração do livro.

A propósito da relevância dessas trajetórias na atualidade, Roberts destaca o seguinte: “Tenho convicção de que a História se aplica aos mais diversos períodos, incluindo os dias de hoje. Penso que não só podemos aprender lições com a História, como nós devemos fazer isso. E um dos motivos pelo qual nós nos interessamos pelo passado tem a ver com o que as outras épocas têm a nos dizer no presente e no futuro”, analisa.

Nesse sentido, quisemos saber se, no contexto da Covid-19, é possível identificar algum aprendizado da parte das lideranças políticas da atualidade em relação ao passado. A despeito do fato de a obra ter sido escrita no contexto pré-pandemia, algumas das iniciativas de contenção remetem a eventos semelhantes em outras épocas. Desse modo, explica Andrew Roberts, a conexão é possível: “Numa pandemia, é necessário usar todas as forças do Estado para derrotar e esmagar a doença. Embora isso não tenha sido aprendido imediatamente pelos líderes atuais, mas logo houve o entendimento que essas ações eram necessárias”.

No livro, Andrew Roberts cita como exemplo a capacidade de Napoleão Bonaparte compartimentar a mente e pôr toda a sua concentração no problema que estava à sua frente. Será que essa é uma referência que serviria aos líderes de hoje, não se importar com aqueles que estão mais próximos, como os entes familiares e amigos, e levar os seus comandados à vitória? Andrew Roberts crê que sim, mas reforça que existem outros aspectos que explicam o sucesso da liderança de Napoleão, como a meritocracia e seus discursos inflamados, “verdadeiras obras literárias”, comenta o historiador.

Em outro momento da entrevista, quisemos saber por que, mesmo sendo “um homem medíocre”, Hitler foi capaz de provocar tanto fascínio e admiração entre seus contemporâneos. “É um dos mistérios da História, não? Se uma pessoa comum dissesse as coisas que Hitler dizia, certamente teria de se consultar com um psiquiatra”, observa Roberts, que atribui à chegada de Hitler ao ambiente de ressentimento pós-Primeira Guerra Mundial e à máquina de propaganda capitaneada por Joseph Goebbels.

Se não há dúvida acerca das muitas camadas de maldade de Adolf Hitler, o mesmo não pode ser dito em relação a outras lideranças políticas fundamentais para o século XX, como Winston Churchill, por exemplo. Como já apontado no primeiro parágrafo deste texto, Roberts é autor de uma biografia definitiva do ex-primeiro-ministro britânico. E, com surpresa, observa como o legado e a imagem pública de Churchill têm sido colocados em xeque por uma agenda revisionista. “Há quem queira compará-lo a Hitler, o que definitivamente não é o caso”, comenta. Ao analisar as consequências da chamada “cultura do cancelamento”, Andrew Roberts comenta o fato da estátua de Thomas Jefferson ter sido retirada da Câmara de Nova York. “O perigo mora aqui: se você afirma que os Founding Fathers representam o mal, então, toda a fundação do seu país é o mal. E isso acaba por envenenar tudo o que seu país expressa de fato”.

Ao longo do Podcast Rio Bravo, Andrew Roberts fala de outras personalidades, como Dwight Eisenhower e Margaret Thatcher. Se você quiser ouvir a íntegra da entrevista, basta acessar pelo link acima.

Fabio Silvestre Cardoso é jornalista e produtor do Podcast Rio Bravo.

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