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Podcast 684 – João Villaverde: Reconstrução, o Brasil nos anos 20

podcast da rio bravo investimentos

A ideia do livro “Reconstrução: o Brasil nos anos 20” nasce a partir do binômio angústia-esperança. De um lado, a angústia era fruto do tempo presente, mais precisamente de como uma série de instituições públicas foram destruídas com relativa facilidade. Por outro lado, o binômio se completa pela chave da esperança, representada aqui pela juventude relativa dos envolvidos na organização e na escrita do livro. Essas são as palavras do jornalista e pesquisador João Villaverde, que, ao lado de Felipe Salto, diretor da Instituição Fiscal Independente, e da economista e professora do Insper, Laura Karpuska, assina a organização deste livro que se propõe a pensar o Brasil em diversos temas, da educação à saúde, passando pelo papel da imprensa, sem deixar de lado as questões relacionadas a governança e a economia. São 20 autores, navegando por temas distintos, portanto. Para falar a respeito do livro “Reconstrução – O Brasil nos anos 20”, João Villaverde é o convidado da edição 684 do Podcast Rio Bravo.

Ao relatar os bastidores do livro, Villaverde recupera a série de encontros que ocorreram a partir do final de 2020 e ao longo de 2021, sempre tendo como referência a necessidade de estabelecer um ponto de virada em relação ao atual estado de coisas. Nesse sentido, o entrevistado rechaça a tese de retomada. “Não é voltar ao que estava o Brasil em 2018”, observa. “Se o país estivesse bem em 2018, o atual governo não teria sido eleito. É uma reconstrução em novas bases. Nós já tínhamos problemas graves antes, como o ataque à proteção ambiental, que foi escancarada agora, mas começou faz tempo; assim como o racismo e as questões envolvendo os direitos humanos”, explica.

A proposta de reconstrução, ideia-força que motiva o título do livro, também opera no sentido de reformular as bases do debate público. Essa abordagem torna-se visível a partir de duas frentes. De um lado, pela diversidade dos colaboradores, que, por sua vez, não pertencem apenas a um “lado” do debate de ideias. Villaverde faz questão de reforçar a necessidade de espantar a normalização dos guetos. “São pessoas [os coautores do livro] que estavam semanalmente se vendo e se ouvindo. E nós reconhecemos e abraçamos as diferenças. A reconstrução não pode jamais ser a pregação para convertido”, comenta.

Por outro lado, o livro busca apresentar novas vozes para a discussão das questões fundamentais do país. Neste ponto, Villaverde cita a presença de Larissa Krueger e Tainá Pacheco, que contribuíram para “Reconstrução” com um capítulo sobre habitação, “um problema estrutural brasileiro”, pontua o entrevistado do Podcast Rio Bravo. Esses nomes que ainda não estabelecidos participam da obra junto com aqueles que já fazem parte da conversação a partir dos meios de comunicação, como é o caso da economista Laura Carvalho e do economista Pedro Fernando Nery, que há tempos colaboram com os principais jornais do país.

Para além disso, João Villaverde comenta quão importante é para a discussão se pautar por informações confiáveis, de modo a evitar a balcanização do debate. Nesse sentido, e aqui citando um ensaio que faz parte da coletânea de “Reconstrução”, o entrevistado afirma que, para além dos seus efeitos imediatos no período eleitoral, as notícias falsas causam um grande problema para democracia. E faz um alerta: “nós não podemos ignorar o papel das redes sociais como propagadoras de fake news. Esse é um debate vivo”. Nesse sentido, embora não haja um modelo acabado quanto à regulação das mídias sociais, Villaverde entende que é preciso falar abertamente sobre o tema.

Mais do que tornar esses assuntos urgentes em pauta do debate público qualificado, João Villaverde afirma que um dos propósitos de “Reconstrução: o Brasil nos anos 20” é apresentar soluções para os impasses que são listados pelos autores. Nas palavras do entrevistado: “De fato, o norte de políticas públicas é importante para o livro. Ninguém aguenta mais debate ideológico – ao menos eu não aguento mais. Delírios ideológicos sem qualquer evidência empírica não podem fazer parte do presente. Então, esta é uma regra de “Reconstrução”: cada capítulo termina com ao menos uma proposta de solução ao problema apresentado no capítulo – é uma forma bem propositiva que nós tentamos fazer e estamos ansiosos para ver como será a reação quando o livro estiver disponível”.

A íntegra de entrevista de João Villaverde ao Podcast Rio Bravo está disponível a partir do link acima.

Fabio Cardoso é jornalista e produtor do Podcast Rio Bravo.

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