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Podcast 685 – Jeff Plentz: “O que causa transformação na área da saúde são as soluções científicas”

podcast da rio bravo investimentos

A atuação da techtools ventures tem como foco fazer investimentos junto a startups na área da saúde que possam alavancar o uso de ciência e tecnologia dentro da rede estruturada pela própria gestora de negócios – que compreende atualmente mais de 2 mil hospitais. Na entrevista que concede ao Podcast Rio Bravo, Jeff Plentz, presidente da techtools ventures, fala da estratégia da empresa e comenta as iniciativas que vêm sendo levadas adiante com o objetivo de encontrar novas oportunidades no segmento da saúde. 

E já na sua primeira intervenção, Plentz recupera a história da techtools ventures, ressaltando o trabalho dos últimos anos. “Há cinco anos, a gestora tem se dedicado a projetos de venture capital em healthcare. O nosso foco é investir na área da saúde. Nós temos a facilidade de testar as soluções, de fazer com que elas avancem, dentro de um ecossistema bastante robusto”. O entrevistado do Podcast Rio Bravo destaca que a atenção está voltada para uma miríade de oportunidades, como ele revela logo a seguir. “De prótese a genética, passando por soluções de gestão”. Na sequência, o executivo fala a respeito da estratégia da techtools. “Nosso foco está dividido em dois estágios: o primeiro deles é series a, early stage, criado em 2017; aproveitamos para criar outro fundo, series b até d; e estamos ensaiando para entrar em Private Equity com algumas opções de aquisição”.   

 É sabido que o tempo da ciência (e da saúde) nem sempre está em linha com as demandas do mercado financeiro. Na entrevista, Jeff Plentz explica como a techtools percebeu essa dinâmica. “Nós tivemos de nos adaptar a essa realidade. O timing e o nível de investimentos na área de saúde são bem diferentes. O tempo de desenvolvimento de soluções em saúde é mais alongado, sobretudo porque é preciso lidar com agência reguladora; cuidar de questões de segurança do paciente; são necessários testes mais sofisticados; então, o tempo é estendido, o que vai chamar mais capital. Além disso, existe um fator risco que está relacionado à complexidade do setor. E, muitas vezes, o risco acaba afugentando o investidor”.  

Questionado acerca de certa reticência do segmento da saúde em receber investimentos de startups, Plentz observa que, embora 10% do PIB global seja consumido com saúde, apenas 1% dos investimentos no mundo hoje seja feito nesse segmento. O executivo comenta que esse cenário está mudando. “Os investidores estão buscando oportunidades na área da saúde que fujam do tradicional. É uma pena que o Brasil de uma forma geral ainda esteja olhando pouco para essa sofisticação. Então, é o papel da techtools ter esse olhar global, investir nisso e trazer esse tipo de sofisticação para o país”.  

Em outro momento da entrevista, Jeff Plentz fala a respeito da mobilização do Ministério da Saúde em torno do Open Health, uma plataforma de compartilhamento de dados e informações de saúde no setor suplementar. “O Open Health permite enxergar a sinistralidade do paciente na carteira do outro. Parece impressionante que a informação disponível hoje, que é prestada pelo DATASUS, não atende à saúde suplementar”. Para o entrevistado, é fundamental que os usuários tenham acesso aos seus dados. “Quem tem hoje o seu histórico de saúde digitalizado? Pouca gente. A partir do momento em que isso se torna possível, conectando várias fontes de dados, nós conseguimos oferecer para diversas operadoras uma forma saudável por aquele paciente de acordo com o perfil que a operadora em questão se propõe a atender”. 

Em que pese o entusiasmo de Jeff Plentz a respeito das possibilidades da plataforma, existe a crítica de que o Open Health atende aos interesses dos empresários da saúde. O executivo reage: “O empresário existe porque ele toma um risco de uma oportunidade. Negar o interesse privado para a melhoria da saúde é uma visão distorcida do que é o mercado. E há um movimento global de privatização dos sistemas públicos de saúde. No Brasil, por incrível que pareça (e embora pouca gente saiba disso), o sistema já é privatizado com as Santas Casas e os hospitais filantrópicos, que hoje atendem 60% da demanda do SUS no país – e nem por isso com interesse empresarial que não seja legítimo”.  

Mais para o final da entrevista, Jeff Plentz fala de outras tendências no que se refere aos investimentos para o segmento da saúde. “De cada cinco startups que nós vemos nos países mais desenvolvidos no mundo, basicamente quatro têm alguma solução baseada em genética – ou usam a genética como algum tipo de preditor de doenças. Isso vai gerar impacto em planos de saúde de fazer, com mapeamento genético, planejamento de carteira de longo prazo”. Além disso, Plentz cita os sensores IoTs (internet das coisas). “Hoje em dia, existe muito erro humano quando o sistema está sobrecarregado, por isso, grupos de sensores têm sido desenvolvidos para todo tipo de monitoramento”. E ainda deu tempo para o executivo mencionar um detalhe importante, a propósito do impacto do investimento em tecnologia na área da saúde. “Com mapeamento genético, a Dinamarca barateou o custo da saúde em aproximadamente 30%”. 

A íntegra da entrevista de Jeff Plentz, presidente da techtools ventures, ao Podcast Rio Bravo está disponível a partir do link acima.

Fabio Cardoso é jornalista e produtor do Podcast Rio Bravo. 

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