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Podcast 689 – Fred Amaral: A trajetória da Dock e a desburocratização dos serviços financeiros

podcast da rio bravo investimentos

A Dock é uma das líderes em tecnologia para serviços financeiros na América Latina. Ela opera 63 milhões de contas ativas e mais de 5 bilhões de transações anuais por meio de sua plataforma em nuvem. Mas, na entrevista que concede ao Podcast Rio Bravo, Fred Amaral, co-fundador da empresa, defende que a inovação não está no produto em si, mas na experiência oferecida pelo produto. Nesse sentido, Amaral destaca que a possibilidade de empresas de outros setores agregarem serviços financeiros em seus portfólios traz um cenário de muitas oportunidades.  

Logo no começo do podcast, Fred Amaral responde a uma pergunta que se impõe nesse momento, depois de tantos avanços tecnológicos: será possível tornar os serviços financeiros ainda mais simplificados? Para o entrevistado, a questão pode ser dividida em duas. De um lado, no que se refere ao portador, isso depende muito da forma como ele interage com as instituições financeiras. “O lado da experiência está muito voltado para o quão fácil é manusear os serviços da instituição financeira que o atende”. Por outro lado, existe a dimensão das empresas. Sempre de acordo com as palavras de Amaral: “Quando nós falamos das empresas que estão entrando agora em serviços financeiros, das companhias que vêm de outros setores, como varejo e bens de consumo, que começam a entender que existem oportunidades de agregar serviços financeiros aos seus portfólios, daí o céu é o limite”. 

Em seguida, para explicar a origem da Dock, Fred Amaral apresenta uma linha do tempo, cujo ponto de partida é a lei 12.865, de 2013, que, em linhas gerais, estabelece a desburocratização do processo de oferta de serviços financeiros no país. “A partir de 2013, com o regramento das instituições de pagamento, para se prover serviços financeiros não era necessário que a empresa em questão fosse uma empresa regulada desde o momento inicial pelo Banco Central. Foi isso que possibilitou, por exemplo, que o Nubank nascesse”. Nesse sentido, a Dock, que nasceu em 2018, também se origina desse mesmo contexto. “Nesse hiato entre 2013 e 2018, era necessário construir muita tecnologia para que fosse prover serviços financeiros no Brasil de modo a ser um player relevante. Com a lei 12.865, a Dock construiu uma tecnologia proporcionou tanto a licença quanto a tecnologia para quem quisesse entrar nesse mercado e oferecer serviços financeiros no país”. 

Questionado acerca da dificuldade de promover essa transição para empresas com realidades tão díspares, o executivo separa a operação das fintechs em três pilares: regulatório, tecnológico e experiência. Em relação a esse último ponto, Fred Amaral observa o seguinte: “Quando falamos de experiência no ramo de fintech, não estamos falando de produto financeiro, mas, sim, do serviço que é oferecido pela fintech. No caso da Dock, nós eliminamos os primeiros dois pilares e proporcionamos a oportunidade para que a empresa ofereça a experiência que ela quiser tendo a certeza de que o dever de casa está sendo feito atrás das cortinas”.  

Mas e em relação à segurança: será que existe preocupação maior neste quesito? Novamente apresentando a dinâmica em três partes, Fred Amaral fala de segurança cibernética, contra eventual invasão perpetrada por hackers; menciona, também, a atenção dada à segurança física dos clientes da Dock; e cita, ainda, o cuidado com a fraude – focada em eliminar o fraudador. “O importante é que nós estejamos sempre dois, três passos a frente do atacante”.  

Mais para o final da entrevista, ao destacar a expansão da Dock para outras regiões da América Latina, Fred Amaral comenta a aquisição da Cacao, empresa muito alinhada com a proposta do banking as a servisse no México. “Antes da aquisição, nós já tínhamos clientes em dois países da América Latina e nós já começamos a acelerar a nossa expansão regional, usando o México como um hub. A nossa expectativa é que consigamos ao longo de 2022 ter clientes por toda a costa oeste e Argentina”. Para o co-fundador da Dock, a principal lição aprendida do Brasil para o México tem a ver com a construção de produto. “No final do dia, o ato de mover dinheiro de um lugar para o outro tem certa padronização. Daí, independente das particularidades regulatórias e contábeis, quando levamos esse produto para o México, nós conseguimos atender ao cliente desse país, assim como ao público chileno, colombiano, peruano, argentino”.  

A entrevista completa de Fred Amaral, co-fundador da Dock, ao Podcast Rio Bravo pode ser acessada a partir do link acima.

Fabio Cardoso é jornalista e produtor do Podcast Rio Bravo. 

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