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Por que este é o melhor momento para as empresas buscarem imóveis de qualidade?

O melhor momento para as empresas investirem em imóveis de qualidade.

Após um primeiro semestre com sinais positivos no mercado imobiliário corporativo, nos aproximamos do final de 2022 com alguns desafios e incertezas a serem considerados: (i) o ritmo de crescimento da economia mundial diante da pressão inflacionária global;(ii) a taxa de juros em 13,75% ao ano; (iii)as eleições presidenciais no Brasil, ainda com cenário indefinido, e (iv)um incomum quarto trimestre mais curto, resultado não apenas do período eleitoral como também da realização da Copa do Mundo.

São fatores que certamente devem influenciar o humor dos investidores de modo geral, e que se acumulam após um primeiro semestre surpreendentemente bom. Vimos que a busca por informações e agendamento de visitas aumentaram significativamente. Há demandas de empresas que buscam melhorar a sua ocupação tanto para regiões mais centralizadas, como para melhores empreendimentos, e companhias que estão migrando a sua sede para grandes capitais em busca de maior proximidade aos clientes. Existem casos, ainda, de demandas de empresas que devolveram áreas em 2020 e 2021, acreditando no que era chamado de “novo normal” como método de trabalho, e agora estão alugando novas áreas porque precisam expandir o ambiente de trabalho para a volta dos seus colaboradores ao “velho normal”. Ou seja, a procura tem diversas explicações, o que comprova uma consistência nessa retomada.

Está mais claro que, no período de pandemia, as empresas viram que a adoção do home office por parte (ou integralmente) de seus funcionários resultou em economia de aluguel, encargos locatícios e insumos. Ao mesmo tempo, perceberam que a distância do escritório causa perdas imensuráveis, como falta de cultura da empresa, de sinergia, de criatividade, de engajamento e fuga de talentos. Nessa equação, resta evidente que a economia financeira foi ínfima perto do prejuízo cultural e intelectual.

Como resultado, as empresas têm feito campanhas internas para convencer os seus colaboradores a voltarem ao ambiente corporativo. São oferecidos incentivos, benefícios, melhores ambientes de trabalho, como áreas de convivência, melhor localização da empresa e muito mais. O desafio é reter talentos e assegurar que as pessoas alimentem uma conexão com a empresa de forma a serem ainda mais efetivas nas entregas.

Atualmente, ao andar por regiões mais centralizadas da cidade de São Paulo, já é perceptível que o ritmo de vida voltou a algo muito semelhante à realidade do início de 2020. O trânsito também voltou, e já temos multidões nas calçadas no horário de almoço, filas nos restaurantes e estacionamentos lotados. Para quem trabalha com o mercado imobiliário, tais indícios de retorno à normalidadesão como música para os ouvidos.

O resultado dessa movimentação já se reflete nos números do mercado. O segundo trimestre de 2022 apontou para melhora nos principais indicadores de análise imobiliária. A vacância na cidade de São Paulo reduziu de 21,5% (no quarto trimestre de 2021) para 21,1%. A absorção bruta, ou seja, a área total locada no período (novas locações, expansões e renovações contratuais), foi de 170.000 m². Já a absorção líquida, número que reflete a diferença entre as áreas efetivamente locadas e rescindidas no período, ficou em 12.500 m². É o terceiro trimestre consecutivo com absorção líquida positiva, o que reflete diretamente na redução da taxa de vacância.

Em algumas regiões, como a Faria Lima/JK, a vacância já está em 6%, número abaixo do que é considerado uma taxa natural (10%). Essa redução significativa na vacância em algumas regiões já está refletindo no aumento de preço pedido. Na mesma região da Faria Lima/JK, há prédios com preço pedido chegando a R$ 280,00/m² (Infinity Tower).

É uma exceção, naturalmente, mas valores dessa magnitude contribuem para uma nova percepção em relação à tendência do mercado corporativo. Por isso, há também uma tendência de proprietários aproveitando a oportunidade para revisar os valores de aluguel, atualizando aos patamares dos valores negociados nestas regiões.

Esse é o cenário de momento. Considerando o que já avançamos no primeiro semestre de 2022, é natural perguntar: “o que esperar desta segunda etapa de 2022?”. Entendemos que períodos eleitorais, principalmente quando há disputa presidencial em jogo, são muito desafiadores. Somam-se a isso as incertezas quanto à economia global e a realização da Copa do Mundo. Incertezas que, como sabemos bem, são fatores relevantes na tomada de decisões.

Porém, tomando como base o fato de que bons produtos já estão sendo totalmente ocupados e que há escassez da entrega de grandes empreendimentos AA e AAA nos próximos meses, a expectativa é de que 2022 se encerre com bons números de absorção bruta e líquida, refletindo em redução da taxa de vacância.

Enfim, levando em conta as perspectivas para o final de 2022 e uma natural movimentação das empresas para buscarem boas condições comerciais, entendemos que este  é o melhor momento dos últimos trimestres para que as empresas busquem imóveis de qualidade para ampliar ou melhorar a sua ocupação e garantir, dessa forma, maior consonância com os desejos dos funcionários e com a dura tarefa de atrair ou reter talentos. Aproveitando, ainda, os excelentes ativos disponíveis, com condições comerciais factíveis com o seu budget.

Carolina Mori, Gestora de lajes corporativas da Rio Bravo.

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Podcast 733 – Eduardo Carvalho: Como a MOS quer trazer uma nova visão para o mercado imobiliário

Uma empresa do mercado imobiliário fora do comum. É assim que a MOS Arquitetura e Incorporação, criada por Eduardo Andrade de Carvalho, Manoel Maia e Matheus Farah, se apresenta.

Uma empresa do mercado imobiliário fora do comum. É assim que a MOS Arquitetura e Incorporação, criada por Eduardo Andrade de Carvalho, Manoel Maia e Matheus Farah, se apresenta. Sediada em São Paulo, a operação da empresa acontece no Brasil e nos Estados Unidos. Na entrevista a seguir, além de destacar alguns dos trabalhos da MOS, Eduardo Carvalho fala da sua relação pessoal com a arquitetura e explica por que é importante levar em consideração o projeto imobiliário e sua a relação com a cidade no longo prazo.